quarta-feira, 22 de abril de 2009

Darwin e Religião


O magistério da Igreja Católica defende que boa parte da tradição, nomeadamenteda Biblia e mais especificamente o livro de Gênesis, devem ser interpretados como alegorias e de acordo com os costumes e com os conheçimentos cientificos da época. Neste caso, estas alegorias seriam portadoras de verdade teológica, mas que não possuiriam necessariamente verdade histórica e científica. Darwin aos poucos foi perdendo o senso religioso de sua juventude, chegando no fim da vida a flutuar entre o Deísmo ( Reconhecimento de um Deus que não interfere senão vagamente no curso deste mundo) e no agnoticismo . Na edição definitiva da obra sobre <<A Origem das Espécies>>1882 ele ainda falava do criador; afirmava : <<Julgo que minhas concepções não são necessariamente Atéias>> (Vida e correspondência, t,II pág. 175). Reconhecia demais que o acaso não explica esse mundo, o fato porém é que qualquer afirmação da existência de Deus, logicamente exigida pela observação da natureza, nele era minada pela duvida fundamental: Será que as conviçôes da inteligência humana, oriunda do psiquismo dos animais inferiores, tem algum valor e atingem a realidade objetiva?. Em sua autobiografia redigida em 1876. Darwin se pronunciava de modo análogo, após haver criticado o argumento em favor da existência de Deus derivado da convicção intima da maioria dos homens:<>; foi depois desse período que tal convicção se debilitou muito gradativamente, e com várias hesitações. Uma dúvida, porém surge em mim: O espírito do Homem, que, segundo me pareçe, não era o principio mais desenvolvido do que o espiríto de animais inferiores, merecerá confiança quando ele deduz tão importantes conclusões ?

Um pensamento de Darwin

A quem perguntar se o homem é criado por Deus ou provaniente do macaco dever-se responder necessariamente sem distinção: A ALMA HUMANA EM TODA E QUALQUER ÉPOCA É CRIADA POR DEUS.

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